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EUA impõem tarifas de 25% sobre aço e alumínio: impactos para o Brasil




Foto divulgação
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A partir desta quarta-feira, 12 de março de 2025, entram em vigor nos Estados Unidos tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, conforme anunciado pelo governo do presidente Donald Trump. A medida visa proteger a indústria siderúrgica norte-americana, mas traz implicações significativas para países exportadores desses metais, incluindo o Brasil.


Brasil: segundo maior fornecedor de aço aos EUA


O Brasil ocupa a posição de segundo maior fornecedor de aço para os EUA, exportando 4,1 milhões de toneladas em 2024, atrás apenas do Canadá, que exportou 6 milhões de toneladas. Essa relação comercial representa 15,5% das importações totais de aço dos EUA. No setor de alumínio, embora a participação brasileira seja menor, os EUA ainda são um mercado relevante, correspondendo a 16,8% das exportações brasileiras do metal, movimentando US$ 267 milhões em 2024.


Impactos na indústria brasileira


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A imposição das tarifas deve afetar diretamente as exportações brasileiras de aço e alumínio para os EUA. Especialistas apontam que empresas como ArcelorMittal, Ternium e CSN, que possuem significativa atuação no mercado norte-americano, podem enfrentar desafios, como redução no volume exportado e necessidade de buscar novos mercados. Por outro lado, a Gerdau, que possui 11 unidades de produção nos EUA, pode se beneficiar, já que suas operações locais não serão afetadas pelas tarifas.


Possíveis desdobramentos e estratégias


Com a redução das exportações para os EUA, o Brasil precisará buscar alternativas para escoar sua produção excedente. Uma das estratégias pode ser a diversificação dos mercados, direcionando exportações para outros países, embora essa tarefa seja desafiadora devido à concorrência com grandes exportadores, como a China. Outra possibilidade é aumentar a oferta no mercado interno, o que pode pressionar os preços e afetar as margens de lucro das empresas siderúrgicas.


Reações e medidas governamentais


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O governo brasileiro ainda não se manifestou oficialmente sobre as novas tarifas. Entretanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já declarou anteriormente que, diante de medidas protecionistas, o Brasil poderia adotar a "lei da reciprocidade", impondo tarifas sobre produtos norte-americanos em resposta. Além disso, representantes do Instituto Aço Brasil têm reunião agendada com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir os impactos das tarifas e possíveis ações a serem tomadas.


Cenário global e perspectivas


A adoção de tarifas pelos EUA pode desencadear uma série de retaliações comerciais por parte de outros países, aumentando o risco de uma guerra comercial global. Para o Brasil, além dos desafios imediatos no setor siderúrgico, há preocupações sobre os efeitos indiretos, como a entrada de produtos de outros países que perderam acesso ao mercado norte-americano, podendo saturar o mercado interno com preços desleais.


Em suma, as tarifas impostas pelos EUA representam um desafio significativo para a indústria brasileira de aço e alumínio, exigindo estratégias adaptativas e uma resposta coordenada entre governo e setor privado para mitigar os impactos e buscar novas oportunidades no mercado global.


Fonte G1

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